21 de julho de 2015

Empresários tentam extinguir jornada 12x36 dos vigilantes.

Só faltava essa!

Se não bastasse a artimanha do deputado federal Sandro Mabel em incluir os vigilantes na Lei das Empregadas Domésticas e desta forma retirar direitos inalienáveis já assegurados da categoria na CLT e nas Convenções Coletivas de Trabalho há mais de 50 anos, mais um golpe está sendo orquestrado pelos empresários para extinguir a jornada de trabalho 12×36 dos vigilantes de todo o Brasil.
Reunidos na FENAVIST – Federação Nacional das Empresas de Segurança e Transporte de Valores, no último dia 23 de junho, os empresários decidiram criar uma comissão para estudar uma forma de extinguir a jornada 12×36 dos vigilantes num prazo de 60, articulando sorrateiramente uma maneira de subtrair este direito que assegura intervalos, prorrogação de jornada noturna e feriados.
Esta “comissão” está composta pelos seguintes dirigentes da Fenavist: Jacymar Dalcamini, Vice-Presidente para Assuntos Jurídicos e Institucionais (ES); Leonardo Ottoni Vieira, Vice-Presidente para Assuntos de Planejamento; Dilmo Wanderley Berger, Vice-Presidente para Assuntos de Segurança Eletrônica (SC); João Eliezer Palhuca, Vice-Presidente Nacional; Assessoria Jurídica e Assessoria Econômica da Fenavist.
Com o claro propósito de suprimir direitos e diminuir rendimentos dos vigilantes, a comissão pretende propor no PL do Estatuto da Segurança Privada uma nova proposta para a jornada de 12×36, que passaria a ser diária. Alegam que, embora o empregado descanse e se alimente como ocorre em toda a história do trabalho do vigilante nessa jornada, há mais de 50 anos, não querem mais reconhecer o intervalo intrajornada e também não querem mais pagar a prorrogação de jornada noturna e nem feriados. Nessa nova jornada, o empregado trabalharia 12 horas e descansaria 36 horas seguidas, mas que seja dentro de um regime de uma compensação de horas, ou seja, o famigerado banco de horas.
Diante de mais este ataque especulativo do capital sobre a atividade da segurança privada, a CONTRASP (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Segurança Privada), já se posicionou contrário a este texto e conclama todas as entidades ligadas a Confederação, sejam elas federações e sindicatos filiados e não filiados para articularem frentes de lutas nas suas regiões, visando impedir o avanço desta proposta, considerada maquiavélica e desrespeitosa contra a profissão do vigilante que atua decisivamente na proteção de vidas e patrimônios.


Um comentário:

  1. Como se já não bastasse a falta de respeito que eles tem para com o Vigilante, como se nós não tivéssemos nenhuma importância e estivéssemos ali só para cumprir horário, nos tratam como se fossemos invisíveis ou como cãozinho de guarda e ainda querem tirar uma parte do nosso salário como se ele fosse muito para arriscarmos nossas vidas em prol do patrimônio de pessoas que nem se quer sabem o noss nome.

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