9 de maio de 2014

Vigilantes do Rio de Janeiro fazem protesto.

Em greve desde o dia 24 de abril, os vigilantes do Rio estiveram hoje à tarde no Aeroporto de Jacarepaguá, onde desembarcou a presidente Dilma – por volta das 15:30h – para protestar contra os baixos salários pagos à categoria e denunciar que muitas empresas de vigilância não estão pagando o adicional de periculosidade, cuja lei foi assinada pela própria presidente em dezembro de 2012 e regulamentada pelo Ministério do Trabalho um ano depois. Desde às 14h, os agentes de segurança privada aguardavam Dilma no aeroporto. Por volta das 15:30h, a presidente desceu do helicóptero e viu os cerca de 70 manifestantes exibindo cartazes e faixas. O Batalhão de Choque acompanhou a movimentação sem interferir. Dilma limitou-se a acenar para os vigilantes que em seguida fizeram uma caminhada pela Avenida Ayrton Senna, ocupando três faixas da pista, causando um grande congestionamento. A PM chegou e logo em seguida, e os trabalhadores da segurança liberaram a via pública. Ontem, o protesto foi em frente à exposição dos ursos, no calçadão do Leme.


                             Em todo o estado, 60% dos bancos estão fechados
Além dos bancos do Centro (Av.Rio Branco e Presidente Vargas) que estão sem atender os clientes por falta de vigilantes, a paralisação hoje (7/05) ocorreu também nos bancos da Barra da Tijuca. Na Zona Sul 60% dos bancos estão parados na Glória, Catete, Flamengo, Copacabana, Ipanema e Leblon. Apenas os caixas eletrônicos estão liberados para não prejudicar a população. Na Zona Oeste a adesão é próxima de 100% com bancos fechados em Bangu, Campo Grande e Santa Cruz.
.Em todo estado há 50 mil vigilantes registrados na Polícia Federal. Cerca de 60% aderiram à paralisação na segurança bancária, fechando agências do Banco do Brasil, Caixa Econômica, Bradesco, Itaú, Santander, Safra, entre outros. Apenas os sindicatos de Niterói, Caxias, Petrópolis, São João de Meriti e Itaguaí assinaram o acordo com os patrões.

       Mais de 80% da categoria não concorda com o reajuste oferecido
De acordo com a direção do SindVigRio, não procede a informação passada à imprensa pelo sindicato patronal que 20 mil trabalhadores teriam aceitado o reajuste de 8%. Na verdade, os 5 sindicatos que assinaram o acordo não representam nem 20% da categoria em todo estado. Mais de 80% dos vigilantes não concordaram com o reajuste oferecido, retirando direitos dos trabalhadores. Os sindicatos que não aceitaram o reajuste são: Rio, Campos, Macaé, Nova Friburgo, Nova Iguaçu, Mesquita / Nilópolis, Belford Roxo e Volta Redonda. Só na capital, são aproximadamente 30 mil vigilantes. Ou outros 20 mil espalhados pela Baixada e interior do estado. "Como pode 20 mil ter aceitado o reajuste em algumas regiões se esse contingente é o total de vigilantes na Baixada e Interior?", questiona Fernando Bandeira, presidente da Federação Estadual dos Vigilantes.

No Norte Fluminense, os bancos de Campos, Porciúncula, Natividade, Cordeiro e etc estão fechados porque os vigilantes aderiram à greve iniciada em 24 de abril. Na Costa Verde (Angra dos Reis) os vigilantes também cruzaram os braços.

Na Região dos Lagos, a paralisação atingiu bancos de Cabo Frio, São Pedro da Aldeia, Arraial do Cabo. Apenas os caixas eletrônicos estão liberados pelo Comando de Greve.

A greve continua até o Sindicato Patronal receber o SindVigRio para retomar as negociações. O Sindicato reivindica 10% de reajuste salarial e R$ 20de tíquete-refeição, mais uma diária de R$ 180 para os vigilantes que vão trabalhar nos estádios durante a Copa do Mundo de Futebol.
Aos sindicatos em greve, o patronal só ofereceu 7% de reajuste e tíquete de R$ 13. Quanto à diária para grandes eventos (Copa Fifa de Futebol), ofereceram R$ 100, incluindo as despesas com alimentação e transporte.

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